Olha elaaaaaa! Minha estreia na categoria ‘Nos Alto-Falantes’, vejam só como eu tô ousada. Confesso que essa categoria é bem difícil pra mim, por isso o Rafa domina, eu tenho um apego danado com as minhas bandas/músicas preferidas e chego a ouvir a mesma coisa por meses, até enjoar MUITO. Claro que nesse meio tempo eu ouço uma coisa diferente aqui, outra ali. Rafael sempre me apresenta muita coisa nova, mas eu ouço, e volto pra minha velha playlist, não tem jeito. A maioria das músicas que estão lá tem um significado importante pra mim e marcaram algo na vida, uma época, um momento, um ideal. Então é um apego emocional justificável (né?).
Bom, mas o que eu vim mostrar pra vocês aqui é uma mulher porreta! Que eu conheci há 6 anos e vira e mexe to escutando, cantando, dançando (ou tentando) e infelizmente sempre que comento dela com alguém, a pessoa nunca ouviu falar. Lá em 2010 eu tava ouvindo alguma banda de rockabilly no Youtube, que era o que eu ouvia muito na época, e apareceu a sugestão pra ouvir Mayhem, da Imelda May. Eu não me importei muito e deixei tocar. Quando começou, senhor! Eu já amei. Ela tem um voz incrível, forte e delicada ao mesmo tempo e o som é animado e dançante, na segunda parte do refrão cê já tá cantando e se balançando, acredite. Depois dessa eu fui atrás de conhecer mais sobre ela e ouvir outras coisas. Tem muita música pra dançar, mas também tem as bads, mais puxadas pro blues, que são igualmente incríveis.
Ela tem quatro álbuns e o meu preferido de longe é o que leva o nome da primeira música que conheci dela, Mayhem. O último foi lançado em 2014, Tribal, e segundo Imelda é um álbum importante, já que foi escrito e produzido após ter se tornado mãe, ‘quando as pessoas esperavam canções mais leves ou de ninar’ e ela mostrou que mães também gostam de dançar, se divertir e cantar rock’n’roll. Orgulhosa de ser uma representante feminina no meio de tanto homens, Imelda traz de volta e representa muito bem o rockabilly dominado por Elvis Presley, Carl Perkins e tantos outros que marcaram a época. Além da música, ela é linda e carrega visual forte e bem característico do estilo com o tradicional victoria rolls (topetão de rolinho) o batão quase sempre vermelho e as roupitchas a lá pin up. Ela arrasa, gente. Ouçam.