Na Estante: Enterrem meu Coração na Curva do Rio

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Com certeza se tem algo que faz alguém se interessar por esse livro é o título. Na capa, um índio imponente com seu cocar te convida a se aventurar nessas páginas.
Enterrem meu Coração na Curva do Rio, escrito por Dee Brown, conta detalhadamente a triste história do genocídio indígena nos Estados Unidos.
Esse livro serve tanto para os americanos quanto para nós, brasileiros, para começarmos a enxergar os índios de uma maneira que não seja a de um povo ignorante e selvagem. Só que tem um grande problema: a leitura é muito difícil. Quase todas as páginas citam datas e nomes de pessoas e locais, e com certeza você não vai lembrar metade deles. Talvez, valha a pena fazer anotações para não se perder.

Quando o homem branco – na versão brasileira, pode ser comparada com os IMG_20151229_171700969bandeirantes – começou a invadir os territórios indígenas, os nativos não queriam a guerra. Tentaram mostrar que ali era espaço deles, onde nasceram, se criaram e morreriam. E muitos deles morreram, íntegros e lutando pelo que acreditava.

Outros, conseguiram chegar a onde ninguém imaginava, como conversar com o presidente americano ou até mesmo, fugir para o México ou Canadá. E tanto cá, como lá, quem saiu como “herói” foi o invasor. Talvez falte apenas um registro histórico tão profundo para termos a versão brasileira dessa publicação.

O título do livro foi retirado do poema American Names, de Stephen Vincent Benet, e na sua versão original é “Bury my Heart in Wounded Knee”. Esse lugar é onde ocorreu um dos últimos massacres. Indicado pelo valor histórico e moral que tem, além das belas fotografias dos grandes líderes indígenas que eram os mocinhos dessa triste e real história.

Editora: L&PM Editores | Autor: Dee Brown | Número de páginas: 464

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